O governador Antonio Anastasia participou, nessa quinta-feira (20), em Brasília, de cerimônia, com a presidenta Dilma Rousseff, na qual foi anunciada a concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, à iniciativa privada. Além disso, segundo o governo federal, a União também investirá recursos em outros 33 aeroportos regionais mineiros.
Minas é o Estado com maior número de aeroportos regionais a receber recursos na primeira fase dos investimentos anunciados, já que, pelo Programa Aeroportuário do Estado de Minas Gerais (ProAero), grande parte precisará apenas de pequenas modificações. São previstos, segundo a União, investimentos de cerca de R$ 815 milhões em aeroportos regionais mineiros. O ProAero é um programa do Governo de Minas de adequação, ampliação e melhoria na malha aeroportuária, que objetiva prover de acesso aeroviário todas as regiões do Estado.
Abaixo, trecho da entrevista do governador Anastasia, em Brasília, em que comemora a decisão do governo federal, há muito sugerida por Minas Gerais.
Notícia boa, governador?
Antonio Anastasia: Não há dúvidas. É uma notícia excelente para Minas Gerais, reivindicada já há muito tempo e, neste momento, ficamos muito felizes com esse anúncio. Confins é um aeroporto que tem condições, até pelo fato de nós, o governo mineiro, termos já no passado investido muito no preparo da sua concepção, do planejamento estratégico e no seu crescimento, de ter uma competitividade especial. E essas novas regras, eu acredito, que tenham melhorado, vai significar, certamente, a vinda de grupos econômicos internacionais na área da aviação maiores para competição. Certamente, nós vamos ter em Confins um atrativo especial exatamente pelo trabalho de planejamento que já fizemos em parceria via Infraero ao longo dos últimos anos. É uma notícia muito boa e que ainda foi acrescida também com outra notícia muito positiva para Minas Gerais, os investimentos em 33 aeroportos regionais. Minas é o Estado com o maior número de aeroportos beneficiados por este programa. Dos recursos a privatizar a concessão serão alocados nessa melhoria dos aeroportos. Muitos aeroportos foram construídos muitos pelo Estado, outros pelos municípios, alguns até pelo setor privado, como é o caso, por exemplo, do aeroporto de Ipatinga, que foi feito pela Usiminas, que vão receber recursos federais, em parceria com o Estado, para serem aprimorados e terem a possibilidade de receberem ainda mais vôos da aviação regular e também aviação geral.
Já é possível falar em volume de investimentos, geração de empregos, atração de turistas até para o Estado?
Antonio Anastasia: Eu acredito que o conjunto de medidas é muito positivo. Eu falava ontem, por telefone, com o ministro Wagner, da Aviação Civil, e ele me dava os detalhes, depois dos estudos técnicos realizados, e acho que Minas está muito bem atendida neste pormenor, inclusive na localização física por todo o Estado dos aeroportos regionais. Como em Minas Gerais já há uma política estadual de incentivo para avião regional e nós já temos hoje o maior número de vôos regionais do Brasil, então eu acredito que temos condições de aumentar isso muito. É claro que isso cria um ambiente de negócios propício a mais investimento. Os números e dados dos investimentos federais irão depender, como aqui foi dito, do perfil de cada aeroporto e da obra relativa a cada aeroporto. É claro que, por exemplo, o aeroporto de Araxá já está concluído, fizemos um grande investimento. Então, o investimento lá será menor do que, por exemplo, no aeroporto de Teófilo Otoni, que tem de ser completamente refeito.
Não veio tarde não, governador, esse anúncio, porque não vai dar tempo...
Antonio Anastasia: Para a Copa das Confederações o foco é o Aeroporto de Confins. As obras estão sendo feitos. Acho que o momento é de comemoração pelo que foi apresentado. Vamos trabalhar agora integrados com a Secretaria da Aviação Civil para fornecer os dados que são de competência do Estado para termos essas obras, não só de Confins e a sua concessão concluída, mas os aeroportos regionais também.
E aquela antiga proposta de transformar Confins num hub?
Antonio Anastasia: Continua, continua. É a Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Estado está construindo um centro tecnológico de treinamento e aviação no município de Lagoa Santa. Estamos fazendo as obras civis já para instalação, que pretende devolver àquela região, que já foi, no passado, quando o presidente era Getúlio Vargas, um pólo da aviação brasileira. Já temos a presença em Minas da Embraer. Já temos as possibilidades maiores agora de colocar lá oficinas de manutenção de grandes aviões, inclusive já há o centro de manutenção da Gol lá. E a posição de Minas favorece muito isso.
Governador ficou uma dúvida em relação aos aeroportos, em quanto tempo que a gente pode esperar essas mudanças com as concessões, tendo aí em vista a Copa do Mundo de 2014?
Antonio Anastasia: Pelo que nós vimos, em setembro, será feita a contratação da empresa concessionária que vai administrar Confins, a partir de então. Agora, os aeroportos regionais cada um têm a sua fase, alguns já têm projetos prontos e esses, certamente, serão mais cedo do que outros ainda que vão ter que fazer projetos.
Mas dá tempo para a Copa de 2014?
Antonio Anastasia: Eu acho que sim, alguns sim. Alguns no interior são obras tópicas, não são obras muito complexas, já que muito foi feito pelo Governo do Estado nos últimos anos. E para Confins, o principal é o novo terminal e o aumento do pátio. Estou muito confiante que estará pronto a tempo.
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