A concessionária responsável pelo metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte deu início aos procedimentos para viabilização da linha 2, que vai integrar a atual linha 1 até o Barreiro. A primeira etapa a ser entregue é a elaboração dos estudos ambientais, com previsão de finalização até o início de novembro. Todas as etapas são acompanhadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), responsável pela gestão e fiscalização do contrato de concessão.
Em seguida, a concessionária dará início ao processo de licenciamento ambiental para implantação e operação da Linha 2. O novo traçado terá 10,5 km e vai contar com sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro.
Também foram iniciadas as reuniões com lideranças e cadastramento socioeconômico das famílias que serão desocupadas. O processo conduzido pela concessionária Metrô BH inclui, ainda, a avaliação de cerca de 250 edificações que se encontram irregularmente construídas na faixa de domínio. As ações para liberação destas áreas seguirão a Resolução LII do Conselho Municipal de Habitação de Belo Horizonte e o diálogo com as partes interessadas já está acontecendo.
Melhorias Linha 1
De acordo com a concessionária Metrô BH, até 2025, dez estações da Linha 1 serão reformadas (Eldorado, Cidade Industrial, Vila Oeste, Gameleira, Calafate, Carlos Prates, Lagoinha, Central, Santa Efigênia e Vilarinho). As obras devem começar em dezembro deste ano.
Além disso, nove estações serão revitalizadas até 2026 (Santa Tereza, Horto, Santa Inês, José Cândido, Minas Shopping, São Gabriel, Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo e Floramar).
As estações em obras vão continuar operando normalmente durante o andamento das intervenções.
Já a estação Novo Eldorado, que vai dar prosseguimento à Linha 1, será implantada em 2026.
Investimentos
O contrato de concessão do Metrô da RMBH tem duração de 30 anos. Durante este período, a estimativa é que sejam investidos R$ 3,7 bilhões para melhorias e ampliações. Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do governo federal e cerca de R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.
Após os investimentos, o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2.
A expectativa é que o processo de melhoria gere, ao longo do contrato, mais de 28 mil empregos diretos e indiretos e promova mais qualidade ao serviço prestado à população.